Maternidade pública de Salvador lança caderneta especial para acompanhamento da gestação de homens trans

A caderneta de acompanhamento gestacional agora tem uma versão específica para homens transexuais. A iniciativa foi idealizada e produzida pela Maternidade Climério de Oliveira da Universidade Federal da Bahia, vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (MCO-Ufba/Ebserh). O lançamento ocorreu em evento no Instituto de Ciências da Saúde da Ufba, nesta quinta-feira (2), em Salvador.

Foto: Unidade de Comunicação da MCO-UFBA/Ebserh

Segundo a maternidade, a intenção é preencher uma lacuna no sistema público de saúde. Isso porque, embora o instrumento de acompanhamento da gestação seja obrigatório, o modelo atualmente utilizado pela rede de saúde nacional é voltado exclusivamente para mulheres cisgênero, ou seja, que se identificam com o sexo biológico com o qual nasceram.



“A caderneta tem como objetivo promover inclusão social, visibilidade e pertencimento, além de produzir dados qualitativos e quantitativos sobre gestações transmasculinas. O uso do instrumento pode contribuir na elaboração de políticas públicas que propiciem o o, o cuidado seguro e a garantia de direitos, conforme estabelecido nos princípios do SUS (universalidade, equidade e integralidade)”, disse Sinaide Coelho, superintendente da MCO-UFBA/Ebserh.



De acordo com a instituição de ensino, na caderneta serão registradas as principais informações a respeito da gestação da pessoa trans e da sua parceria, além de facilitar o atendimento em caso de alguma intercorrência.

‘Transgesta’:

A maternidade Climério de Oliveira, que fica no bairro de Nazaré, em Salvador, se apresenta como referência no atendimento a pessoas trans. Com a missão de promover acolhimento com ações que prezam pela diversidade e inclusão, a MCO-Ufba/Ebserh desenvolveu, em 2021, o programa “Transgesta”.

Trata-se de uma iniciativa voltada às pessoas que se reconhecem e se declaram transexuais, travestis, transgêneras, intersexo e outras denominações que representam formas diversas de vivência e de expressão de identidade de gênero. Desde o início, o programa realizou o acompanhamento de sete homens trans gestantes, que resultou no nascimento de nove bebês na maternidade.

Paciente da Maternidade da Ufba, em Salvador — Foto: Unidade de Comunicação da MCO-UFBA/Ebserh

Por g1 Bahia



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